Mãe os teus filhos parecem não gostar de ti;
Pois eles fazem de tudo para distanciarem-se de ti;
Dizem que não tens nada para os dar;
Por isso emigram para melhores condições de vida alcançar;
Muitos por falta de dinheiro ou oportunidades não chegam a emigrar;
Outros tantos arriscam e morrem durante a travessia no mar;
Dizem que mais vale a vida arriscar, do que contigo ficar
Uns chamam-te de mãe, mas tratam-te como madrasta;
Como podes ser miseravelmente pobre, se a tua riqueza é vasta?
Os teus filhos mais velhos nunca quiseram saber de ti;
Eles criaram comércios e guerras para matar os mais novos, e tirar proveito de ti;
Do teu ouro, diamante, petróleo e marfim;
Venderam-te para homens que só queriam gozar de ti;
Disseram que os meios justificavam os fins.
Esses homens para os quais foste vendida; prostituíram-te, estupraram-te, maltrataram-te,
Escravizaram-te, exploram-te, roubaram-te, espiritualmente mataram-te,
Economicamente desgraçaram-te, culturalmente destruiram-te, moralmente envergonharam-te.
Com passar do tempo alguns dos teus filhos revoltaram-se contra os homens que te exploravam,
Mas nem todos que por ti revoltaram-se, realmente te amavam;
Hoje percebe-se que foi pelas riquezas que nunca tiveste, mas dizem teres que eles lutaram,
Os teus filhos sacrificaram; sangues e lagrimas derramaram.
Eles alegaram que a prioridade deles seria resolver os teus problemas;
Mas depois de te terem liberto, criaram mais tantos outros problemas;
Todos somos teus filhos, mas só come em condições os que fazem parte do sistema;
Nada é feito honestamente, tudo é a base de esquema.
Todos querem o poder,
Mas querer não é poder,
E o poder, nem todos podem ter,
Então matam-se pelo poder,
E tu nada podes fazer,
Além ver, ouvir, calar e sofrer.
Por: Sebastião Xirimbimbi
No comments:
Post a Comment