Ngola Diami

Tu me viste nascer, crescer, amar e sofrer

Tu completas o meu ser; sem ti eu não sei Viver

Tu sempre foste e tens sido fiel a mim

Espero que o meu amor por ti nunca tenha fim

Que seja notado que eu quero amar-te eternamente

Carregar-te no coração, nas palavras e na mente

Sou teu panco minha Palanca Negra

Linda, maravilhosa e meiga

As tuas carapinhas são belas como a welwitschia

Tens um gingar fascinante que me excita

Podes até pensar que é mentira, mas és tudo que um gajo necessita

Linda, sorridente espiritual e culturalmente rica

Por mais escura que a noite esteja, tu brilhas como a luz do dia

Tens um povo sofredor, mas amável, amigável  e cheio de alegria

As tuas curvas são encantadoras como a Serra da Leba

Tens um sorriso brilhante

E misterioso como Dombe grande

Teu olhar profundo como a Tunda Vala  

Teus beijos são doces como água do kwanza

És mistura de Pungo  Andongo, Quedas Kalandula e Miradouro da Lua

És a minha vida, e a minha vida é tua

Amo lavar-me nas tuas Restingas

Apreciar o teu Mussulo e banhar na tua ilha

Tens umas Acacias Rubras suportadas pelas raízes do teu Embondeiro

Posso até não dar-te um forte candando, mas és tudo que eu quero

Ngola diami, Ngola dia muxima

O nosso amor tropical e quente como o teu clima

Angola tu deixas-me completamente louco

Sempre que toco o teu corpo  

E sinto o Morro do teu  Môco 

As tuas Mumuilas deixam-me sem ar

Sinceramente é tão lindo te amar

Quero levar-te a apreciar a Barra do Dande

Serei o teu Ndongo e tu minha Njinga Mbande

Levar-te-ei a Catete e Capanda

Serei o teu Sambizanga e tu minha Luanda

Amarei-te na Quiçama, amarei-te em Kangandala

Angola, Dama sempre foste bala

Deixa-me mergulhar na tua Caotinha

Sempre estarei contigo, nunca deixarei-te sozinha

Amo Beijar-te na Praia minha Morena

O nosso amor vale a pena e a galinha inteira

Gosto de ver-te de salto-Alto

Apaixonei-me pelo teu Gulungo-Alto

Quero beber das Cataratas do teu Ruacaná

Amor meu, meu amor, eu amo te amar

Sem ti, a minha vida é um Deserto do Namibe

Venha dar-me o teu Musseleje o teu Zaire, e o teu Chiumbe

O verde do teu Maiombe deixa-me sem norte

O meu amor por ti um muito forte

Mais forte do que as correntes do Rio Keve, 

Angola amarei-te até que a morte me leve!

Por: Sebastião Xirimbimbi